É sobre a beleza resiliente, sobre a intensa resistência que conforma a vida, que Filipa Amaral escreve em «Flores de Inverno». Nasce entre as suas poesias um manifesto contra a desumanização provocada pela exaustão e a ignorância e, simultaneamente, um apelo ao que de belo permanece entre nós. Ante o questionamento e reflexão exigidos por cada um dos seus textos, a poeta apresenta-nos a busca pelo que é estável e perene num mundo dominado pela efemeridade e azáfama. Em 76 poemas livres, Filipa Amaral fala-nos «dos sorrisos francos, mãos generosas, esperanças grandes» numa exploração da sua maneira de ver, sentir e dizer. Presta homenagem aos «homens francos» que «dançam ao sol e ouvem música nos ares que cada vez mais poucos escutam». E evoca a coragem de permanecer, em nós, as flores resilientes que enfrentam e superam o mais inóspito inverno.
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